segunda-feira, 29 de março de 2010

Entidades mostram terceira via

De tanto ouvir falar, Pai Muzuê resolveu consultar os orixás e saber que negócio é esse de terceira via para as eleições vindouras. Nas consultas, os orixás não responderam diretamente, às vezes eles gostam de ser misteriosos! Por isso, tanto as entidades superiores quanto às cartas e búzios foram dando pistas importantes que eu segui atentamente, e que me mostraram como está o cenário do Pará nessas eleições e como pode ficar bem diferente.Primeiro, os caboclos falaram da via eleitoral da situação, que está hoje no poder. Embora pareça óbvio que a moça Ana Júlia é candidata de novo, as revelações do além vão a fundo sobre as dificuldades que ela vai enfrentar, mesmo com a máquina na mão. Atrapalhada, ela conseguiu se desentender com seu apoiador maior para chegar ao poder, o PMDB de Jader Barbalho. Agora, em maus lençóis, a moça tenta negociar com Deus (maneira de dizer) e o mundo em busca de outros apoios. Fora ter que carregar os penduricalhos nas costas, como Mouras, Putys e outros.As entidades também mostraram um tucano de bico caído, que embora tenha sido escolhido como pré-candidato, enfrenta oposição forte dentro de seu próprio partido e encontra-se isolado. Dizem as más línguas que, por onde ele vai pedindo apoio, inclusive financeiro, seu arqui-rival partidário, aquele que ia sair mas não saiu, vai logo atrás dizendo: “Não apóia nem dá dinheiro. Eu ainda posso ser o cndidato. A convenção é só em 30 de junho”, diz o criador-opositor. E ai, quem se arrisca a apostar qualquer financiamento?Num provável terceiro cenário, dizem as entidades, existem noivas muito cobiçadas. O vice-prefeito de Belém, por exemplo, já foi convidado até pelo tucano de bico caído para compor sua chapa como vice. Também lhe foi oferecido concorrer ao senado. É que o PR de Anivaldo, ao lado do PTB do prefeito de Belém, Duciomar Costa, conseguiram nas últimas eleições, abocanhar 40% de todo o eleitorado do Pará.Em política isso não é pouca coisa, ao contrário. Mas em relação ao tucano, parece que Anivaldo não esqueceu que ia concorrer ao senado por aquele partido em 2006, quando o então governador carrancudo escolheu o amigo bicheiro para concorrer. Anivaldo dei­xou o ninho tucano, onde era deputado federal eleito em 2002, lançou seu filho Lúcio Vale a deputado federal pelo PMDB e o elegeu.Por isso, na hipótese de uma terceira via, é mais fácil essa aliança de sucesso entre PR e PTB optar pelo caminho de compor com o PMDB, que, apesar de ser amigo do governo federal, não está nada contente com o PT no Pará, leia-se ai Ana Júlia.E tem mais: as entidades disseram que o eleitorado do Pará aprova uma nova opção, ou uma terceira via, como falam os entendidos.

Pai Muzuê - Aquele que tudo sabe e que tudo vê


PERFIL - Pai Muzuê, na verdade, é a identidade umbandista de Leovegildo Aragão da Silva, um senhor distinto de 69 anos, que nasceu em Pinheiro, se mudou para Santa Inês aos 12 anos, comeu muita poeira na estrada até chegar a Caxias, mas teve de partir com malas e cuias para Codó, aos 24 anos.Desde então, ali se estabeleceu com um bem sucedido Pai-de-Santo, tendo um dos maiores e mais bem frequentados terreiros de macumba do Brasil. Tem cursos de pós-graduação, especialização e até mestrado em Defesa contra as Artes das Trevas, mas sabe como ninguém bater um tambor e mandingar para os mais chegados. Na sua enorme lista de celebridades constam maranhenses igualmente famosos, como José Sarney, Alcione, Gonçalves Dias, Antonio Lemos, Zeca Baleiro e quase todos os emergentes que aparecem na telinha da Globo.Seu forte é matar políticos. Tancredo Neves e Ulysses Guimarães são exemplos disso. Quando não mata, no mínimo faz perder o mandato. E aí, a lista é enorme. Começou com Collor de Mello.Intelectualizado, Pai Muzuê agora escreve com exclusividade, toda semana, para o jornal Tribuna do Pará. E avisa: quem for podre, que se quebre!
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Popó prestigiou congresso técnico de boxe em Belém


Em Belém, Acelino Freitas, o Popó, participou do Congresso Técnico de Boxe, realizado pela Secretaria Municipal de Esporte, Juventude e Lazer (Sejel). Durante o evento, o secretário municipal de esporte, juventude e la­zer, Saulo Costa, destacou que a visita de Popó, além de servir de exemplo para as crianças da Escola de Boxe mantida pela Sejel, tem como objetivo garantir que a capital paraense venha a sediar disputas nacionais. “Belém tem um grande potencial no boxe brasileiro e se todos os talentos forem aproveitados de forma ­adequada, podemos lançar muitos outros campeões nacionais e até olímpicos. Ima­gine quantos ‘Popós’ tiveram seus ta­lentos desperdiçados por falta de oportunidade?”, questionou.O titular da Sejel disse ainda que pretende fortalecer o trabalho que já vem sendo feito pelas escolas de artes marciais mantidas pela Sejel. “O jovem que pela manhã vai para a escola e à tarde pratica algum tipo de esporte, com certeza não vai ter tempo de ir para as ruas. Ele aprende a ter disciplina nos tatames e nos ringues, e acaba levando esses ensinamentos para dentro de casa”, observou.Além desse trabalho, Saulo Costa divulgou um projeto que envolve a readequação da Al­deia Amazônica, que vai ficar totalmente adaptada para a prática de várias modalidades esportivas como futebol, vôlei de praia, karatê e boxe, denominada de Aldeia Esportiva. De acordo com o secretário, essa iniciativa faz parte das comemorações de dois anos da Sejel, com previsão de inauguração para a primeira quinzena de maio.Popó se mostrou empolgado com a iniciativa de Belém. “O esporte é capaz de proporcionar sucesso na vida. Eu mesmo sou um exemplo de superação através do esporte. Eu tive uma infância muito sofrida, e o boxe mudou a minha vida, mas para isso foi necessário que alguém me desse um oportunidade, e são essas oportunidades que precisamos multiplicar. É essa lição que quero deixar para os meninos que praticam boxe em Belém”, declarou o campeão.O Congresso Técnico de Boxe trouxe ainda a Belém o presidente do Conselho Nacional de Boxe (CNB), Antônio Bernardo Soares, que enfatizou a importância do encontro. “Estamos aqui reunidos com todos os atletas que participam de lutas para fornecer a eles orientações quanto às regras para a disputa, tanto para os atletas profissio­nais como entre os pugilistas que estão na categoria olímpica, e vamos incentivar ainda muitos eventos desse porte”, afirmou Soares.

Em visita a Belém, o tetracampeão mundial de boxe fala com humildade da vida e da carreira


Em visita a Belém, o ex-lutador baiano Acelino de Freitas, o Popó, bicampeão mundial na categoria Super Pena e bi-campeão mundial dos Super Leves, esbanjou simplicidade. Detentor de quatro títulos mundiais, conquistados pela Associação Mundial de Boxe (AMB) e pela Organização Mundial de Boxe (OMB), Popó é maior ícone nacional do boxe desde Eder Jofre. Entre outros eventos em Belém, ele participou do Congresso Técnico de Boxe, e deu um show de simpatia ao falar de sua carreira dentro e fora do boxe, do atual momento do boxe brasileiro, da sua participação na política e até da sua relação com seu ex-treinador, o paraense Ulis-ses Pereira.Nascido em um bairro periférico da capital baiana, Salvador, filho caçula de uma família de seis filhos, Popó teve uma infância pobre, por isso, antes de subir nos ringues para enfrentar seus adversários, teve primeiro que derrubar seu mais difícil oponente – a vida dura que levava antes do sucesso. O começo da mudança foi justamente ao ingressar na carreira de lutador, aos 14 anos de idade.De lá para cá foram só conquistas, e Popó se tornou o maior lutador de boxe que o Brasil já teve nos últimos anos. Ele contou todos os detalhes na entrevista exclusiva abaixo, concedida ao repórter Ale-xandre Cunha, do jornal Tribuna do Pará.

TP: Como você avalia sua carreira?
Popó: Na realidade, qualquer pessoa pode analisar minha carreira. Possuo 40 lutas em meu cartel, e dessas venci 32 por nocaute, seis foram vencidas por pontos e tive apenas duas derrotas. Além disso, resgatei o nome do Brasil no mundo, pois desde Eder Jofre não tínhamos um lutador brasileiro campeão do mundo. E mais, fui campeão do mundo em duas categorias dife-rentes. Então, meus resultados indicam muito bem o sucesso que foi a minha carreira.

TP: Durante as suas lutas, podíamos ver o Ulisses Pereira ao seu lado como técnico. Desde quando surgiu essa parceria Popó-Ulisses?

Popó: Estou com o Ulisses desde o início da minha carreira, ainda no boxe amador. Com ele conquistei uma medalha panamericana nos jogos de Mar del Plata, na Argentina, junto com a seleção brasileira. Depois disso, ingressei na carreira profissional e não pude trazer o Ulisses comigo, devido ao fato de ele ter compromissos com a de-legação olímpica do Brasil. Mas, assim que ele pediu desligamento da seleção, eu corri pra convidá-lo para ser meu técnico. O homem é bom demais, muito técnico, exigente e disciplinador, então, tinha que ser ele o meu treinador. Hoje, é um grande amigo.

TP: Em que momento veio a sua decisão de abandonar as luvas?
Popó: Sabe, chega um momento da sua vida que você cansa de fazer até mesmo aquilo que você mais sabe e mais gosta de fazer. Antes dessa decisão eu pensei muito e conclui que tinha alcançado tudo que sonhava quando comecei no boxe. Sou tetra campeão mundial de boxe, consegui me firmar financeiramente, então vi que tinha c­hegado o momento de parar.

TP: Mas você não sente falta ou saudade de subir ao ringue?
Popó: Me acostumei logo com a ideia de me aposentar. Por isso, não sinto nenhuma falta de ser atleta. Na verdade, só sinto falta de ter aquele corpo com barriga de tanquinho (risos). Até tentei manter o corpo em forma, mas as feijoadas que como todos os domingos na casa da minha mãe não deixam. Mas sempre faço questão de lembrar que sou ex-atleta, mas continuo sendo tetracampeão mundial.

TP: E o que você tem feito como ex-atleta?
Popó: Tenho investido na carreira de empresário com a minha empresa Box Brasil, que é uma agência de eventos de boxe. Tenho ajudado crianças pobres com o meu “Instituto Acelino Popó Freitas”, onde muitas crianças são estimuladas a estudar e a praticar esportes. Fui secretário de esporte em Salvador, onde implantei inúmeros projetos esportivos que até hoje são mantidos pelo atual secretário e por último, acabei de ser aprovado no curso de Direito, pois já que tenho esses bens, preciso ter estudo para administrar melhor.

TP: Já que você foi secretário de esporte, você provou um pouco da política. Você pensa em ingressar novamente no ramo da política?
Popó: Eu sou filiado ao PRB (Partido Republicano Brasileiro) e queria muito vir agora nessas eleições como candidato a deputado federal, mas minha esposa achou melhor não. Achamos mais importante recorrer aos estudos, para me dar mais res-paldo para em breve com certeza tentar começar com minha carreira política.

TP: Como você avalia o boxe no Brasil hoje?
Popó: O boxe tem crescido muito, e o Pará e a Bahia são os maiores celeiros de novos lutadores, mas é preciso fazer a organização disso com investimentos pesados nesse esporte. Hoje o boxe enfrenta concorrentes de outros esportes de combate, como o Vale Tudo, mas o boxe ainda é mais valorizado no mundo. Por exemplo, as bolsas de apostas chegam a movimentar de 15 a 20 milhões de reais, um atrativo maior para os atletas. O que ainda falta é ter a cultura de o boxe ser transmitido na TV aberta.

TP: Qual a importância que você dá ao boxe na inclusão social?
Popó: Não só o boxe, mas toda e qualquer prática esportiva contribui para a inclusão. Por exemplo, pegar um menino de periferia e ocupá-lo com o esporte e na escola, ele vai ter tempo só para isso. No boxe, por exemplo, ele vai li­berar força só no saco de areia ou no ringue e não na rua. Começa também a adquirir bons costumes, edu­cação e respeito, aprende a di-zer obrigado, por favor, senhor ou senhora. Eu mesmo sou um bom exemplo disso. Passei muita fome na vida, não tenho vergonha de dizer isso. Sofri muito na minha infância, mas tive uma oportunidade e soube agarrá-la, o que garantiu que eu fosse quatro vezes campeão mundial de boxe. E é essa lição que quero deixar para os meninos que praticam boxe em Belém.

TP: Você lembra de algum fato inusitado da sua carreira?
Popó: Eu sempre me lembro de duas coisas engraçadas que aconteciam comigo nas minhas lutas internacionais, realizadas nos Estados Unidos, quando valiam título mundial. Eu via aquele monte de gente americano falando em inglês e apontavam pra mim. Sei com certeza que estavam falando de mim, só não sabia o que era. Eu me perguntava: “será que tão falando mal de mim?” (risos). Outra coisa foi quando eu fui disputar meu primeiro título mundial na categoria super pena. Eu tinha comprado uma casa fiado esperando pagá-la com o dinheiro dessa luta. Já pensou se eu não venço? Ainda bem que eu venci né, senão, estaria em maus lençóis e sem teto.

TP: Essa luta do seu primeiro título mundial ajudou você a comprar essa casa. Depois dessa luta, o que mais você conseguiu, o que mais deu para comprar?
Popó: Ah, eu ajudei muitas pessoas, principalmente minha família. Meus pais e irmãos passaram junto comigo toda a pobreza que tive na infância, e mesmo assim me davam força pra prosseguir no esporte. Com as minhas conquistas, nada mais justo de ajudá-los, por isso, para cada irmão meu, que são cinco, eu dei uma casa. Além disso, eles participam comigo nos meus empreendimentos.

Justiça Eleitoral vai apurar conduta de Cláudio Puty


O procurador Regional Eleitoral, Ubiratan Cazzetta, determinou a abertura de investigação para apurar crime eleitoral, notadamente propaganda fora do prazo previsto em Le, que teria sido praticado pelo ex-chefe da Casa Civil do governo do Estado, hoje assessor especial da governadora Ana Júlia, Cláudio Puty. Cláudio Puty teria viajado com diária paga pelos cofres públicos no dia 14 de março a Tucuruí. A viagem oficial foi para entregar Cheques Moradia no valor total de R$ 399 mil a pessoas carentes do município. Cláudio Puty representou a governadora Ana Júlia no ato da entrega, que aconteceu na sede da igreja do Evangelho Quadrangular, totalmente enfeitada com faixas de agradecimento pelo apoio do ex-chefe da Casa Civil. O procurador Ubiratan Cazzetta argumentou que o episódio foi amplamente noticiado, e isso “pode caracterizar propaganda extemporânea em favor do ex-secretário da Casa Civil e atual Assessor Especial II”.O procurador já se preocupou em determinar a autuação das cópias impressas das páginas dos blogs de Osório Pacheco e PJ Pontes, além da foto que noticia o ato em Tucuruí, para que o caso seja apurado por um procurador eleitoral auxiliar, justificando ser importante ter essas provas diante da “necessidade de formação de juízo de valor sobre a conduta” de Cláudio Puty.A candidatura de Puty a de-putado federal pelo PT é mais polêmica do que a própria relação da governadora com os aliados. Já é consenso no meio político que ele estaria se be­neficiando do aparato estatal e do apoio explícito da governadora do Estado. Ele poderá ser multado pela Justiça Eleitoral e até ter sua candidatura impugnada, caso fique comprovada a propaganda política fora do prazo.Não se sabe se por desconhecimento ou euforia de candidato de primeira viagem, Cláudio Puty divulgou em seu próprio blog a visita realizada a Tucuruí. Ele disse ser “gratificante presenciar o reconhecimento pelo trabalho desenvolvido junto a populações historicamente excluídas das políticas públicas. E eu pude acompanhar de perto uma dessas manifestações, no último sábado, em Tucuruí, quando re­presentei a governadora Ana Júlia no ato de entrega de 80 cheques-moradia, no valor de quase R$ 5 mil cada um deles”, escreveu Puty. No mesmo espaço, o super assessor da governadora anunciou que outras 100 famílias de Tucuruí “ainda serão atendidas”. Para completar, no Diário Oficial do Estado do dia 19 de março foi feita a publicação de três diárias para Cláudio Puty “resol-ver questões administrativas do Estado” em São Paulo, entre os dias 19 e 22. Mas se para o Diário Oficial ele estava em São Paulo, a verdade é que o ex-chefe da Casa Civil estava mesmo era em Breves, para reunião com lide-ranças de movimentos sociais daquele município.

Greves marcam a gestão de Ana Júlia Carepa


Setores estratégicos do governo do Estado vem promovendo sucessivas greves por descontentamento com a política da go-vernadora Ana Júlia Carepa aos servidores públicos. No último dia 23, no mesmo dia em que conseguiu uma trégua na greve do Departamento de Trânsito do Pará (Detran), o governo do estado se deparou com a greve dos servidores Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema). Eles começaram a greve com protestos na frente do portão principal do órgão, para que ninguém entrasse para cumprir expediente. O principal ponto da pauta é exa-tamente a cobrança de espaço para negociação, já que, dizem os servidores, nem esse canal existe no governo.O presidente da Associação dos Servidores da Sema, Júlio César Meyer, disse que esse ponto principal da pauta de reivindicações foge do tradicional. “Pode causar estranheza o fato de que não estamos pedindo reajuste salarial, nem melhores condições de trabalho. Nós queremos espaço para negociação no governo”, declarou ele, afirmando que os servidores alegam que a atual gestão nunca está disposta a sentar para negociar mudanças.Reivindicações - A pauta compreende dois pontos. O primeiro é a sinalização de uma mesa específica de negociação junto ao governo em relação ao valor da gratificação por atividade ambiental, que deverá ser repassada aos servidores. O segundo ponto é um protesto contra a queixa de tumulto e vandalismo registrada pela Secretaria no dia 28 de janeiro, durante manifestação dos servidores, que terminou com a intervenção da polícia.Meyer diz que na ocasião houve violência física e emocional. “Nós estávamos dentro do prédio da Secretaria para pedir, na época, melhores condições de trabalho, quando policiais da Rotam, com a identificação retirada da camisa, entraram no local e agrediram servidores fisica e moralmente. Depois disso, fizemos exame de corpo de delito e foram constatados vários hematomas”, revela. Em relação às condições de trabalho, Meyer confirmou que a reivindicação já foi acatada.

Objetos inusitados são retirados dos canais em operações de limpeza



Na rotina da “operação inverno”, os trabalhadores da Sesan se deparam com os mais inusitados objetos que são jogados nos canais. Entre os objetos retirados foram encontrados cascos de geladeira, fogão, pneu velho, telefones públicos, aros de bicicletas, sucatas de carros e até animais mortos.Todo esse material depositado irregularmente nas ruas e também jogado nos canais, acaba sendo arrastado pelas chuvas e obstruindo canais e bocas de lobo, provocando muito mais alagamentos na cidade. Para retirar os entulhos, os canais serão dragados mecanicamente, com o auxílio de retroescavadeiras, para aumentar o leito assoreado devido ao acúmulo de lama e entulhos. Com o aumento das chuvas, a Sesan intensificou as atividades e aumentou também a quantidade de pessoas envolvidas nesse trabalho, que era de 600 homens em janeiro, para 850 homens neste mês de março.
Educação ambiental A Sesan também está realizando uma campanha de educação ambiental destinada a combater o depósito irregular de lixo domi­ciliar e de entulho nas ruas da capital. A ação começou neste mês de março, inicialmente pela travessa Barão do Triunfo. Os agentes ambientais já estiveram também na travessa Enéas Pi­nheiro, entre Marquês de Herval e Rua Nova.Segundo Elvira Pinheiro, coordenadora de projetos sociais e ambientais da Sesan, os agentes ambientais fazem parte do Grupo de Trabalhadores em Educação Ambiental (GTA), ligados ao Departamento de Resíduos Sólidos (DRES) da Sesan, e nos locais já visitados eles divulgaram informações e distribuíram folders ­educativos aos moradores das área, que ficaram sabendo, por exemplo, dos horários que as coletas de lixo domiciliar são realizadas.Após a visita dos agentes ambientais, a Sesan retorna a cada uma das áreas percorridas para fiscalizar o cumprimento das orientações repassadas e garantir que esses locais não voltem a ser alvos de descarga de lixo. O morador que continuar a jogar lixo e entulho nos locais já limpos terá que arcar com uma multa de R$ 607,97.Elvira Pinheiro explica que, após a ação na avenida Barão do Triunfo, dois fiscais ficaram durante a semana fiscalizando caso houvesse alguma irregu­laridade. Até o momento ­nenhum morador foi multado.A ação educativa acontecerá sempre às quintas-feiras, e se estenderá por outras vias consi­deradas críticas para a descarga de lixo e entulho. “A iniciativa segue uma diretriz do governo municipal, que estabelece como uma de suas prioridades a limpeza da cidade. Entretanto, a colaboração da população torna-se indispensável para que se obtenham os resultados esperados”, ressalta Elvira.

Lixo e entulho contribuem para alagamentos das ruas


Jogar lixo nas ruas ainda é uma triste realidade na cidade de Belém. Apesar das campa­nhas educativas, em seis meses de “Operação Inverno”, os trabalhadores da Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan), vinculada à Prefeitura de Belém, já retiraram aproximadamente 80 mil toneladas de resíduos de bueiros, valas e canais de Belém, lixo que antes de chegar aos bueiros e canais foi jogado nas ruas da cidade e arrastado pelas águas das chuvas. As ações de limpeza manual e mecanizada da Sesan prosseguem até julho deste ano nos 68 canais de Belém e seus distritos, além da rede de drenagem das ruas.A “Operação Inverno” da Sesan começou a ser intensificada em setembro passado, com o objetivo de preparar a cidade de Belém para o período mais intenso das chuvas, mas a engenheira Pilar Nogueira, titular da Sesan, alerta a população de que o êxito da ope-ração depende da participação coletiva. “A conscientização e participação da população de Belém é fundamental para que a operação consiga manter os canais e bueiros limpos. Pedimos o apoio da população para não jogar lixo nas ruas e também obedecer os horários da coleta do lixo doméstico, para evitar que animais rasguem os sacos de lixo e esse lixo acabe tomando um destino inadequado durante as chuvas”, explica a engenheira.A limpeza de canais já foi concluída nos canais da Quintino, Bernardo Sayão, Generalíssimo, Timbiras, Caripunas, Mariano, Parque União, Antônio Nunes, Antônio Baena, Pirajá, Água Cristal e do Una, totalizando 83 quilômetros de extensão. No momento, a Se-san executa esses serviços no canal do Galo. Em seguida, os trabalhos serão realizados no canal São Joaquim. A conclusão dos serviços nesses dois canais está prevista para o final do mês de abril. Ainda estão na programação de limpeza da Sesan os canais do Mata-fome e Promorar.

Hemopa convoca doadores para campanha da Páscoa

Para garantir o atendimento da demanda de transfusões do feriadão da Semana Santa, que deve aumentar em 30%, a Fundação Hemopa está convocando antigos e novos doadores de sangue para que efetuem coleta de sangue, especialmente, nos dias 29, 30, 31 e 01 de abril, antes de deslocar-se de Belém para suas localidades. Ou ainda, que efetuem suas doações onde houver unidade do hemocentro no interior do Estado, tendo em vista que a necessidade é mesma da capital. A meta será de 300 coletas/dia.Outras ações estratégicas estão sendo desenvolvidas para resguar-dar o estoque de sangue, entre elas, campanhas externas com insti­tuições parceiras. Segundo a ge­rente de captação de doadores da ­instituição, a assistente social Juciara Farias, no dia 02/04, o Hemopa não funcionará para coleta de sangue, e isso interfere no atendimento, tendo em vista que são menos cerca de 250 bolsas de sangue no estoque. “Em feriados prolongados, normalmente, as solicitações dos hospitais de grande porte, como os de pronto socorro, costumam elevar em torno de 30%. Então, temos que estar preparados para atender essa demanda”, explicou ela, compartilhando essa responsabilidade com todos os segmentos da sociedade.Na sede do hemocentro, são efetivadas diariamente cerca de 250 coletas para uma média de 300 atendimentos de 85 hospitais públicos e privados de Belém, mas todas as ­unidades do Hemopa no interior do estado também estarão em cam­panha. São os Hemocentros Regio­nais de Santarém, Marabá e ­Cas­ta­nhal; e nos Núcleos de Hemo­terapia de Abaetetuba, Redenção, Tucuruí, Altamira e Capanema. Atualmente, o hemocentro é responsável por uma cobertura transfusional mais de 85%, que corresponde a 42 unidades que garantem o abastecimento com doações de sangue a pacientes distribuídos em aproximadamente 218 hospitais.

Serviço
O Hemopa fica na travessa Padre Eutíquio, 2109. As coletas são de segunda a sexta-feira, de 7h30 às 18h, e aos sábados de 7h30 às 12h30. Informações pelo fone: 08002808118 ou no site www.hemopa.pa.gov.br